sábado, 8 de abril de 2023

O CAMINHO PARA SE TORNAR UM PSICANALISTA - Prof. Renato Dias Martino


Uma pergunta frequente que eu recebo: Qual é o caminho que o sujeito precisa percorrer para se tornar um psicanalista? O caminho é um só. Ele precisa ser percorrido a partir da sua análise pessoal. O sujeito mais propenso a ser um psicanalista bem sucedido é justamente aquele que partiu daí. Aquele sujeito que percebeu uma dor interna, uma dor psíquica, no âmbito emocional e a partir daí procurou uma psicoterapia. Este sujeito é um sujeito propenso a se tornar um bom psicanalista. Aquele que percebeu uma dor psíquica e procurou a psicanálise. Viu na psicanálise um sentido para isso. Dificilmente o sujeito vai conseguir oferecer alguma coisa da qual não se sentiu beneficiado por ela. Então, se o sujeito conseguiu encontrar na psicanálise um sentido para sua dor, muito provavelmente ele conseguirá oferecer isso para o outro, assim que se qualificar para tal. Um psicanalista bem sucedido é aquele que fundamentou a sua formação na sua análise pessoal. Impossível um psicanalista aplicar a psicanálise em qualquer outra pessoa, sem antes ter sido analisado. O que faz o sujeito se tornar um bom psicanalista é ter sido bem psicanalizado. Antes de procurar um instituto, antes de procurar um curso de formação, antes de procurar qualquer tipo de formação no nível intelectual, ou no nível do saber é importante que ele possa se qualificar emocional e afetivamente e isso só poderá acontecer através da sua análise pessoal. A partir daí ele começa a se preparar para receber o conhecimento teórico sobre a psicanálise. O grupo de estudo constante e não simplesmente um curso de formação será necessário para que ele possa se informar dentro dos conceitos, dentro das formulações, dentro dos elementos de psicanálise. Para que ele possa ir nomeando as experiências que ele viveu na sua análise pessoal e a partir daí, ir criando uma relação experiência conceito. Nomeação e experiência vivida. Concomitante com isso, a partir dos casos que ele foi recebendo, dos pacientes que ele foi atendendo, ele carece de um colega, psicanalista mais experiente, para que possa orientá-lo dentro das questões operacionais do processo psicoterapêutico. Questões de honorários de horários e outras questões operacionais é a experiência de supervisão passa a ser necessária. Só a partir deste tripé, do qual o Freud nos orienta lá em 1919, em SOBRE O ESTUDO DA PSICANALISE NAS UNIVERSIDADES, ele nos orienta sobre esse tripé da análise pessoal, da supervisão e do estudo teórico. Este estudo teórico, a saber, seria importante que fosse feito um grupo, porque a partir desse pensamento em grupo esse pensamento é além desta leitura individual, vai trazer para ele enriquecimento de outros olhares sobre aquilo que ele esteja estudando.





Prof. Renato Dias Martino

Psicoterapeuta e Escritor



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São José Do Rio Preto – SP

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