DAR CONTA
DE
Querer
e poder, querer e dar conta de. Enquanto psicanalistas, enquanto
psicoterapeutas, a gente precisa ter um grande cuidado com isso. A gente tem o
hábito de usar a o sujeito não quer. Ah! O sujeito não faz isso porque não
quer. Não! O sujeito não faz isso porque ele não dá conta, porque ele não
consegue. Ele até queria, ele até gostaria de, mas não dá conta. O pior cego é
aquele que não quer ver. Não! Ele não dá conta de ver. É uma limitação, é uma
incapacidade. Não diz respeito a querer, ou não querer. Então, na linguagem
coloquial, na linguagem cotidiana, tudo bem, mas enquanto psicoterapeutas,
enquanto psicanalistas, nós precisamos ter cuidado com isso. Não é que ele não
quer, é que ele não dá conta.
PRIORIDADE
Uma
vida saudável é uma vida onde o sujeito está se importando com aquilo que ele
precisa e gradativamente ele vai renunciando daquilo que ele gostaria, que ele
deseja. O que ele precisa é prioridade. O que ele deseja não.
LIMITE
DO PODER
A
gente cresceu ouvindo a frase, “querer é poder”. Não! Querer não é poder.
Existe um limite na capacidade do sujeito. Muitas vezes ele quer muito e este
querer muito não viabiliza o conseguir. E muitas, vezes isso faz com que ele se
volte contra ele mesmo, faz com que ele se fragmente, faz com que ele acabe se
voltando contra si mesmo, porque ele quer muito e não consegue. Então, ele
começa a se julgar, começa a se autodesvalorizar porque ele não consegue aquilo
que ele queria muito. Só que ele não percebe que ele deseja aquilo porque um
dia alguém disse para ele que ele precisava daquilo para que ele fosse
aprovado. E aí, ele passa a desejar aquilo.
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