O filho não é o desejo dos pais, mas depende disso na empreitada de ser ele mesmo. Quero dizer que é muito importante para um desenvolvimento emocional saudável que antes do filho, tenha vindo o desejo de concebê-lo.
Parece-me que isso é um fator preponderante no desenvolvimento da vida mental. Assim, quando não foi possível, resulta num grande vazio na alma. Profunda dor em alguém, que assim, dependerá de forma especial, das experiências de vinculação primitivas para resistir e persistir nessa tarefa tão difícil que é o reconhecimento da realidade do mundo e de si mesmo. Quero propor que aquele que não foi amado por seus pais enfrentará naturalmente a dificuldade de aceitar o amor de qualquer outra pessoa.
Parece-me que isso é um fator preponderante no desenvolvimento da vida mental. Assim, quando não foi possível, resulta num grande vazio na alma. Profunda dor em alguém, que assim, dependerá de forma especial, das experiências de vinculação primitivas para resistir e persistir nessa tarefa tão difícil que é o reconhecimento da realidade do mundo e de si mesmo. Quero propor que aquele que não foi amado por seus pais enfrentará naturalmente a dificuldade de aceitar o amor de qualquer outra pessoa.
O filho e o desejo se confundem no inicio, mas essa ideia precisa expandir-se constantemente na direção da diferenciação do filho ideal e o filho real. Não é uma proposta a minha de escrever textos com “receitas de como educar os filhos”, antes disso tento focar o desenvolvimento emocional e a construção da capacidade de vínculo com o mundo, ou seja, a saúde mental.
Proponho assim, que o desejo evolua na medida em que o filho ganhe maturidade e passe a reconhecer seu próprio desejo. A vida emocional desse filho estará vulnerável na medida em que o desejo dos pais não pode evoluir. Falo da ‘con-fusão’ entre o real e aquilo que se deseja que o real seja. Agora falamos sobre o conceito de “ideal”.
Da mesma forma, muito da capacidade de ser pai-mãe, vem da qualidade que se pôde ter na experiência de ter sido filho. Quero propor que as experiências infantis das quais viveram faltas severas, tendem a se transformarem em impulsos narcísicos que buscarão incessantemente um espelho no real, para serem projetados e vividos no outro. Veja que, por esse vértice, percebemos uma forma de desejo cristalizado dos pais projetados no filho. São resquícios de impossibilidades na história do desenvolvimento emocional do progenitor.
Prof. Renato Dias Martino
Fone: 17- 991910375
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4 comentários:
Gostei! Muito!
E queria mais!
professor não posso ser menos severa, o Lucas tem liberdade demais, minha mãe, a avó dele não é rígida, não põe limites, e o Luquinhas não tem pai, não gosto da idéia dele andar sozinhoa na rua sem dar satisfação, aí em alguma ocasião qdo estou com a pequena ele apronta, apronta e apronta.To tão triste,,,,,,,,pq demos amor demais,,,,,,,,,,,,,amor demais estraga
????????????????
Perfeita sua colocação! Antes de desejar e planejar ter os filhos, é necessário tratar dos próprios complexos para conseguir cuidar bem do novo ser. Educando mas respeitando sua essência!
Você me inspira! Beijo, Claudia Scheidegger.
Agradeço muito o apoio!
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