segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Das consequências da ausência dos pais



Tenho conversado muito lá na Unilago com o psicoterapeuta Renato Dias Martino, especialmente por que ambos nos interessamos por este tema fundamental que é a família e seus atuais desdobramentos.
Tenho ficado impressionado com o que ele vem me dizendo sobre o tema e as conseqüências, especialmente, para as crianças, de coisas que a sociedade já tem como normal e corriqueiro.
Em primeiro lugar: as conseqüências das separações dos casais na vida emocional da criança, quanto menor for a idade pior é. Segundo o Renato Martino a separação sempre causará transtornos emocionais no infante, isto é, na criança. A própria homossexualidade, na maior parte dos casos, segundo o Renato resulta de problemas familiares. Neste caso, a ausência do pai é o disparador para o desenvolvimento de uma sexualidade homo. Não vou entrar em detalhes aqui por que é impossível pelo espaço, mas apenas chamar a atenção para questões que sempre converso neste espaço e são muito importantes.
O Renato me lembrava ainda que 90% dos casos de adultos que ele atende em seu consultório são de pessoas procurando a mãe. O que é esse procurar a mãe? Solidão, carência emocional, falta de alto estima, falta de alto confiança, sentimentos e características que o individuo desenvolve no contato íntimo com a mãe. Lhe falei dos meus textos sobre a terceirização dos filhos para as creches, ele me falou que sem dúvida o envio da criança para as creches, ainda mais quando muito cedo, terá conseqüências devastadoras na vida emocional deste individuo já na adolescência. E os adultos que ale atende já evidenciam isso.
O Renato me dizia ainda que independente de como as pessoas discutam família, o fato concreto é que família é fundamental na vida do individuo. Disso todos sabem, mas agora parece que nem a ciência discorda. Esta idéia de uma pessoa que se forma sozinha, se prepara e amadurece por si mesma, bem americana alias, é uma falácia. Crianças sem família, serão adultos problemáticos e emocionalmente doentes.
Pai e mãe presentes, presentes mesmo, é fundamental na formação emocional da criança. Se crianças e adolescentes, a super Nanny está ai para mostrar, nos parecem esquisitas e um tanto diferentes daquilo que nos parece o certo, não é à toa.
O discurso propalado pela publicidade e propaganda de viver a vida, pensar em si, ser feliz e bonito está tendo conseqüências trágicas para a sociedade. Adultos problemáticos, dependentes de sua cota diária de cerveja, tomadores de tranquilizantes, calmantes, estimulantes, academia, agora as cirurgias plásticas, consumistas contumazes, uma sensação de descontentamento que não passa, um tédio sem fim; tudo isso é fruto das relações familiares problemáticas na infância. A ausência de pai e mãe, segundo me pareceu em minhas conversas com o Prof. Renato Dias Martino, é um dos elementos centrais.
Nestes sentido a ideia de algumas mulheres de produção independente, ou mesmo a multi mulher, a mulher que substitui o pai, ou pai que nunca aparece, o pai ausente, o pai imaturo e que não assume suas responsabilidades e o fato de que deve ser uma referencia clara para os filhos de conduta e comportamento, tudo isso resultará num quadro psicológico na criança e em sua futura vida de adulto, extremamente problemático.
Quem quiser entrar em contato com o Renato Martino para análise pode falar com ele no telefone 30113866 aqui em Rio Preto ou digita o nome dele no Google.


Luciano Alvarenga

Postado por Luciano Alvarenga no seu blog Cama de Prego
http://lucianoalvarenga.blogspot.com 

Um comentário:

Silvia S G Machado disse...

Muito interessante a materia .Muito obrigada por dividir.

deixo aqui uma pergunta :
o que é ter um pai ausente?
pai alcoolatra , grosseiro submisso ou que viaja muito ...