Na rede social Facebook
temos na área dos contatos o termo amigo, no entanto quantos contatos
são realmente seus amigos? Essa indagação nos leva para outra questão que faz pensar sobre que tipo de experiência estamos chamando de amizade.
A amizade parece ser uma
modalidade de vínculo que se estabelece e deve se manter através de fatores
como a afinidade e deve se desenvolver por meio da confiança.
Não dependendo de
condições referentes à etnia, sexo, ou qualquer que seja a condição circunstancial
dessa espécie, a amizade quando verdadeira parece carecer muito mais de
capacidades ligadas ao afeto e está diretamente subordinada ao nível de
sinceridade para que se estabeleça e se sustente. Por se tratar de um vínculo,
para que uma amizade seja verdadeira deve haver impreterivelmente capacidade de
ambas as partes, num acolhimento recíproco.
Sendo a confiança a base da
amizade, esse fio sustentador do vínculo requer manutenção cuidadosa do fiar
constante daqueles que estejam ligados por esse vínculo. A com-fiança que
significa fiança compartilhada, mantida pelas partes, nutrida pela fé e assim
geradora da fidelidade. A amizade deve ser a base de qualquer que seja o
vínculo, sendo que quando não acontece, a relação deve se empobrecer e
desnutrida tende a se dissipar.
Relações que se mantém
independente, ou ausente de um vínculo amistoso devem, então, estar tão somente
ligadas por obrigação ou por alguma forma de dependência, gerando na melhor das
hipóteses, produções materiais de valor superficial. A privação de vínculos de
amizade verdadeira faz com que o mundo pareça vazio e desprovido de vida.
Por outro lado, quando é
possível se estabelecer um vínculo de amizade numa relação que, a princípio
seria estritamente formal, o convívio ganha mais vida, enriquecendo-se de afeto
e sinceridade, se tornando prospero em realizações, onde os frutos dessa união
transcendem a dimensão pobre da obrigação. Isso também deve ocorrer nos
vínculos consanguíneos como os de pais e filhos, entre irmãos, relações entre
esposo e esposa, ou ainda o vínculo entre analista e paciente que carece de
amizade para que realmente possa ser profícuo.
A amizade não deve ser uma
relação de se compartilhar somente momentos agradáveis de prazer, mas deve ser
fundamentada na compaixão, onde seja possível compartilhar tristezas e
aflições. A gratidão é uma característica marcante da amizade verdadeira, onde
o reconhecimento da mão amiga acontece mesmo fora da adversidade.
Por ser mantida através de
afinidades, muitas vezes amizades de criança não resistem as mudanças que
ocorrem em cada sujeito, onde um pode evoluir amadurecendo mais que o outro e
assim, promover um desencontro na sintonia da amizade quando adulto. Ainda
assim, muitas vezes pessoas que muito pouco se esperava se aproximarem, podem
então se tornarem grandes amigos.
Apesar disso, se a amizade se dissolveu
parece ser sinal de que, na realidade nunca chegou a ser uma amizade
verdadeira.
Entretanto só pode ser um
bom amigo para o outro aquele que se tornou amigo de si mesmo. Portanto para se
estabelecer e manter amizades verdadeiras com o outro é necessário desenvolver
e manter um vínculo de reconhecimento, respeito e admiração consigo mesmo.
Dica
de leitura complementar:
http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com/2014/09/sobre-ser-amigo-de-si-mesmo.html
Fone: 17-30113866 ou 991910375
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