Quando estamos satisfeitos, desvinculamo-nos momentaneamente da vida, entrando num estado de mente saturada que se assemelha a um entorpecimento. Isso nos conduz a uma dinâmica de relaxamento emocional que nos afasta do estado de atenção. Schopenhauer propôs que a vida é como um pêndulo que oscila entre a dor da vontade e o tédio da satisfação. Ora, o tédio nada mais é do que o enfado do inanimado. Freud denominava isso de pulsão de morte, na qual a libido está ausente. Assim, é na insatisfação que a vontade de viver se manifesta. É na dor que realmente nos sentimos vivos. Na clínica psicanalítica contemporânea, é comum observar jovens que, vivendo uma experiência de satisfação ilimitada, se automutilam, buscando sentir-se vivos. Contudo, simplesmente sentir a dor, num padecimento repetitivo, contínuo e vicioso, é diferente de sofrer a dor no processo de desenvolvimento e expansão. A possibilidade de sofrer a dor que conduz ao desenvolvimento exige a capacidade de tolerar a frustração. Não há desenvolvimento sem o sofrimento da dor.
Prof. Renato Dias Martino
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