quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Por que as mulheres são tão competitivas entre si?

Arte: Lézio Júnior
Por que as mulheres são tão competitivas entre si?
Francine Moreno

Elas lutam contra elas. É isso mesmo. Muitas mulheres acham que são unidas para guerrilhar contra o machismo na sociedade. Mas três livros escritos por autoras norte-americanas (e ainda não lançados no Brasil) revelam que elas duelam muito mais entre si e levam a sério a rivalidade feminina. Algumas chegam a limites extremos de sabotagem, que vão de bruxaria a espionagem, com lances de arrepiar. Mas por que as mulheres estão dificultando a convivência e o crescimento entre elas próprias?

Susan Shapiro Barash, professora de estudos de gênero na Faculdade Marymount Manhattan, fez uma investigação pioneira sobre a rivalidade cor de rosa, no seu livro “Tripping the Prom Queen: the Truth about Women and Rivalry” (Sabotando a Rainha da Festa: a Verdade sobre Mulheres e Rivalidade). Com base em entrevistas com mulheres de diferentes idades, ela descobriu que a competição entre elas é mais viciosa precisamente porque é secreta. “Elas não são favoráveis umas às outras porque são treinadas desde cedo a competir.”

A especialista constatou que a tendência de rivalidade aumenta entre as mulheres da mesma área de trabalho. “A competição é diferente entre as mulheres do que entre os homens porque elas são mais intensas e, junto do comportamento, vem a inveja e o ciúme.” Em um dos capítulos do livro, Susan afirma que as mulheres acham irresistível ser a rainha do baile. “A outra se destacar mais é inaceitável.”

Outra autora, Nan Mooney, escreveu “I Can’t Believe She Did That!: Why Women Betray Other Women at Work” (Não Acredito que Ela Fez Isso!: Por que Mulheres Traem Outras Mulheres no Trabalho) motivada por um caso pessoal. Enquanto concebia a obra, entrevistou mulheres de várias origens e profissões e decidiu que o foco do livro seria incentivar às mulheres a pensar sobre seus próprios comportamentos. Para Nan, elas foram treinadas por pais e mães à evitar conflitos. “Elas fingem gostar da inimiga, mas secretamente sabotam as outras em busca de vantagem”.

A dupla Caitlin Friedman e Kimberly Yorio afirma que, nesse mundo, sai vencedora quem tem equilíbrio e se torna popular à custa da destruição da autoestima das outras. No livro “The Girl’s Guide to Being a Boss (Without Being a Bitch)” (“O Guia da Mulher Para ser Chefe - Sem Ser Bruxa”, em tradução livre), as escritoras listam um série de ações necessárias para chegar ao topo sem jogo sujo. Uma espécie de guia, o livro mostra que para lidar com a rivalidade da colega de trabalho, por exemplo, é preciso governar de forma firme. “Quando uma mulher exerce autoridade e se atreve a tomar decisões difíceis, ela conquista uma nova posição de poder e elimina as pessimistas.”


Para o psicoterapeuta, escritor e professor Renato Dias Martino, o autoconhecimento é um grande aliado quando se é vítima. “Conhecer a si mesmo é sempre o melhor caminho para que nos libertemos de funcionamentos primitivos, como é o caso da rivalidade.”

Disputa é nociva à criação de vínculos

Quando a concorrência é saudável e quando não é? Para o psicoterapeuta, escritor e professor Renato Dias Martino, apesar de sempre presente na vida emocional de homens e mulheres, a rivalidade nunca é positiva em se tratando de vínculos saudáveis e demanda de certa manutenção constante. “A rivalidade deve encontrar recursos para ser elaborada e sublimada por meio de atividades esportivas ou coisas similares.” Para ele, de outra forma a pessoa rivalizada estará funcionando de uma forma prejudicial à construção dos vínculos afetivos dos quais sua vida emocional carece.

Martino afirma que a rivalidade passa a ser patológica quando é o recurso principal de funcionamento mental do sujeito. “Num clima de rivalidade, não existe lugar para aspectos como amor e verdade, pressupostos básicos de um bom funcionamento mental. Não se ama, só se quer ganhar, e isso independente de qualquer verdade.” Pessoas que se autoconhecem, segundo ele, conseguem definir estratégias adequadas para impedir a concorrência e forjar um novo tipo de relacionamento.

Prof. Renato Dias Martino
Psicoterapeuta e Escritor
Fone: 17-30113866
renatodiasmartino@hotmail.com
http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Materialismo

A importância que se pode conferir hoje ao palpável tem sua implicância no tempo em que o concreto era realmente o mais importante. Uma época da vida onde impressões sensoriais são experiências extremamente novas, tão novas que estão na ordem das primeiras impressões que se pode ter do que é mundo. Isso é experimentado a partir de necessidades internas, que em forma de impulsos se projetam no mundo externo. Num movimento natural, o bebê deve perceber que aquilo que brota de dentro dele encontra sentido em algo que está fora dele.

Um modelo muito simplificado disso se da no encontro fome-seio. O bebê sente a fome, mas não é capaz de nomeá-la, contudo, aos poucos e com a ajuda da mãe, vai fazendo a associação que esse desconforto interno tem seu representante em algo externo, ou seja, encontra na mãe um objeto que sossega esse desconforto. No movimento de nomear esse desconforto existe a introdução do afeto e cria-se um vínculo com a realidade.

Se estivermos de acordo até aqui, montamos então, um quadro esquemático onde algo que nasce no interior do eu, combina-se com algo que existe fora do eu. Descrevemos assim o protótipo da capacidade de inteiração com o real. Daí partirá a capacidade de conhecer, reconhecer e assim, confiar em si mesmo e também no outro. Falo da capacidade de manter-se ligado ao outro, ao mundo, mesmo em sua ausência material, ou seja, na ausência da confirmação sensorial.

As características da personalidade materialista têm raízes profundas na experiência da falta na capacitação do reconhecimento do real. Daí a necessidade de confirmação constante do concreto, material, o real sensorial.

De fato a tolerância da ausência do real sensorial é à base da criação e do desenvolvimento da própria personalidade.

Está ai a importância dos vínculos.

O vínculo é o que nos mantém ligados naquilo que fisicamente não está (mais) presente. Na criação disso que aqui estamos chamando de vínculo, é imprescindível a capacidade de viver a experiência da falta, ou seja, arcar com a falta deve ser algo possível. Caso contrario, quando faltar, o eu não resistirá e agirá sem pensar, ou então desistirá definitivamente de agir.
Mas, o que fica no lugar do real sensorial, em sua falta? 
O que ampara o eu nessa ausência?
 A resposta talvez esteja no elemento simbólico. O elemento sustentador desse vazio está na ordem do simbólico. Aquilo que é criado a partir de um encontro afetivo e efetivo com o real. Na medida em que se estabelece certo vínculo afetivo com aquilo que existe além do eu, inicia-se a criação de símbolos. O símbolo transcende a fome do bebê se estendendo na direção da esperança de que algo no mundo pode dar conta da ‘dor’(desconforto da fome) que vem de dentro do eu (bebê). De maneira prática, poderíamos dizer que o símbolo é uma impressão boa do que é real. A esperança na verdade. Só assim se pode ficar em paz na ausência do real.


Diógenes sentado em seu barril cercado porcães.
Pintura de Jean-Léon Gérôme de 1860.
Diógenes de Sínope, Grego, Século IV a.C.
(Sínope, 404 ou 412 a.C.-Corinto, c. 323 a.C.),
Ele entendia que o materialismo é muito fútil
e que a vida é melhor vivida com a prática da simplicidade.
Entretanto, para que se possa realmente viver sem, é muito importante que se possa ao menos, acreditar na existência daquilo do qual se abdica. Memória e desejo exercitam e intensificam aqueles aspectos da mente que derivam de experiências sensoriais.







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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prof. Renato Dias Martino fala sobre tabagismo para o canal RPTV

Prof. Renato Dias Martino fala sobre tabagismo para o canal RPTV de São José do Rio Preto. O ministério da saúde justifica o aumento no preço do cigarro como um avanço no combate ao tabagismo.


Saiba mais sobre a origem do hábito tabagista: http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com/2010/09/cigarro-e-liberdade.html

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Prof. Renato Dias Martino fala com Lele Arantes - livro Para Além da Clínica

Prof. Renato Dias Martino fala com Lele Arantes sobre o livro "Para Além da Clínica" no programa Gente Inteligente da RPTV.




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domingo, 14 de agosto de 2011

Casar-se com idade mais avançada.

Casar-se com idade mais avançada.


Entrevista concedida para o Jornal Diário da Região sobre relacionamentos que se iniciam com a idade mais avançada.


Gisele Bortoleto - Qual a vantagem de se entrar em um casamento já com uma idade mais avançada, mesmo com as partes já tendo bagagem emocional, que já casaram, descasaram, tiveram filhos, etc.?


Prof. Renato Dias Martino - As vantagens podem se revelar na medida em que a idade cronológica coincida com a maturidade emocional, o que nem sempre acontece. De qualquer forma, só o fato de se estar tentando ligar-se afetivamente a alguém, já é um bom sinal de maturidade emocional.

Gisele Bortoleto - De que forma podemos tirar proveito dessa maturidade adquirida com a idade para fazer a relação dar realmente certo?

Prof. Renato Dias Martino - A maturidade emocional, que qualifica para viver de forma saudável os vínculos. A tentativa do conhecer a si mesmo é a única via para a maturidade emocional em prol de cultivar bons vínculos. Nunca se pode respeitar o outro, se não respeita-se a si mesmo, a não ser coagido pelo medo, no entanto, nesse momento já não falamos mais de vínculos saudáveis.

Gisele Bortoleto - É possível construir uma relação saudável sendo mais velho sem correr o risco de perdermos nossa identidade?

Prof. Renato Dias Martino - Em um desenvolvimento saudável da personalidade, espera-se que a maturidade inclua maior reconhecimento da própria identidade. “Iden”, quer dizer igual e “entidade” é o ser. O ser que nunca muda. A proposta de conhecer e respeitar a parte do ser que, por ser invariante, não muda, é evoluir emocionalmente. Se a maturidade não incluir o reconhecimento e o fortalecimento da identidade, então esse amadurecimento não se encontra no nível emocional.

Gisele Bortoleto - O que é importante que uma pessoa que vai entrar em uma relação já com experiência e bagagem emocional tenha em mente ao entrar em um novo casamento para que ele dê certo?

Prof. Renato Dias Martino - Importante pensarmos que pessoas podem viver muito tempo sem se propor muitas experiências de auto reconhecimento, o que iria conduzi-las à maturidade emocional. Logo, seria prudente desvincular a ideia de maturidade física e biológica, da qual o tempo irá trazer inevitavelmente, da maturidade emocional, que nos exige um exercício constante de reflexão sobre nossos desejos, medos e assim nossos limites.
-- Matéria na integra : http://www.diariodaregiaodigital.com.br/Flip/Flip_Books/Bem_Estar-20110814/index.html#/6/  

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sábado, 13 de agosto de 2011

Dicas de filmes - Laranja Mecânica (A Clockwork Orange)

Laranja Mecânica
(A Clockwork Orange)

Sinopse:
No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele é usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.
 
Título no Brasil:  Laranja Mecânica
Título Original:  A Clockwork Orange
País de Origem:  Inglaterra
Gênero:  Ficção
Tempo de Duração: 136 minutos
Ano de Lançamento:  1971
Site Oficial: 
Estúdio/Distrib.:  Warner Home Vídeo
Direção: 
Stanley Kubrick


Elenco:
Malcolm McDowell - Alex, Patrick Magee - Sr. Alexander, Michael Bates - Chief Guard, Warren Clarke - Dim, John Clive - Stage Actor, Adrienne Corri - Sra. Alexander, Carl Duering - Dr. Brodsky, Paul Farrell - Tramp, Clive Francis - Lodger


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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Para terapeuta, repreender aluno por gostar de rock é "absurdo"

Para terapeuta, repreender aluno por gostar de rock é "absurdo"
; pastor concorda parcialmente com diretora


Ellen de Lima - Especial para o UOL Educação - Em São José do Rio Preto (SP)
 
A situação do garoto Marcelo Corrêa Carvalho, 8, que foi repreendido pela diretora por gostar de rock pesado e acabou abandonando a escola, virou assunto e ganhou as ruas de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo). O caso está em programas de TV e rádio, e profissionais de várias áreas debatem se a diretora agiu certo ou errado.
 
O menino estava em seu primeiro dia de aula na escola no colégio Ponto Alfa quando foi repreendido pela diretora, Ana Maria Fernandes, por gostar de rock pesado. Ele é fã da música de Iron Maiden e Ozzy Osbourne. Depois da bronca da diretora, Marcelo não voltou mais à escola e deixou de tocar guitarra e violão, instrumentos de que mais gosta e toca desde pequeno.

 
Para o psicoterapeuta Renato Dias Martino, que também é professor universitário e já teve uma banda de rock, a diretora errou. “O que ela fez foi absurdo”, disse ele ao UOL Notícias. Martino considera que, como educadora, ela precisaria ter cautela, principalmente por ser administradora de um colégio que prega a inclusão.



O terapeuta considera que o rock pesado é uma forma de extravasar temas que são tabu. “O rock é uma forma lúdica de lidar com o perverso. Ela foi incapaz de entender isso”, disse Martino. Para ele, a diretora não tem preparo para a função que ocupa.

“Criança é rebelde mesmo. O fato de a criança ser agressiva não significa que ela não pode mudar. Acontece que professor não gosta de criança assim porque dá trabalho. Tudo aquilo com o qual a gente brinca quando é criança não significa que vai praticar quando adulto.”

Matéria na integra: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/08/04/caso-do-menino-roqueiro-causa-polemica-e-divide-opinioes-no-interior-de-sp.jhtm

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Prof. RENATO DIAS MARTINO lança o livro Para Além da Clínica.



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