Não existe dúvida no fato de que o esforço é condição imprescindível para qualquer que seja a conquista. A própria origem semântica da palavra ‘conquista’, está no latim e é justamente referente a conseguir com esforço. De outra forma isso que se consegue não pode levar o nome de conquista e menos ainda, ser tratada como tal. Aquilo que se conquista tem a característica da valorização, pois é em si, uma extensão do eu. Como a realização, também aquilo que foi conquistado passa a ser parte do eu que se mistura com aquilo que é do mundo.
Entretanto, a capacidade da conquista é certa característica que carece da expansão do pensamento e conseguir perceber a necessidade, assim como ser capaz de valorizar a mesma, fica subordinada a maturidade emocional. Só uma mente madura pode perceber o valor dessa experiência. Se não, ter que se esforçar para conquistar, para assim obter algo desejado, acaba por se transformar num sentimento de menosprezo perante aquele que já conquistou.
Uma criança pequena tem muita dificuldade em ter de se esforçar para conseguir algo e pode ver nessa necessidade de esforço, um sinal de que ela não é amada. Da mesma forma, no adulto emocionalmente imaturo, essa particularidade estará presente, imaginando que deveria conseguir o que deseja pelo destino que generosamente e sem esforço, vem e o agracia.
O maior esforço na busca pela conquista está justamente nas experiências internas. Se esforçar para apaziguar atritos com parte menos amadurecidas de si mesmo sempre foi o maior desafio do ser humano. Logo, o maior obstáculo frente a conquistas é o próprio eu, que muitas vezes é bem capaz de promover certas auto-sabotagens em meio aos seus planos e dificultar seu próprio caminho.
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Prof. Renato Dias Martino
Psicoterapeuta e Escritor
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