Entretanto dentro do processo civilizatório, onde o sujeito é educado para conviver em sociedade, ocorrem inúmeras experiências que podem conduzir à se suprimir capacidades que são inerentes ao instintual, em nome de uma aparência polida para com o outro. Quando em sociedade, somos forçados a cumprir normas e obedecer regras que muitas vezes suplantam nosso instinto de autopreservação e nos coloca numa posição vulnerável frente as ameaças. Vivendo na coletividade, muitas vezes nos vemos duvidando de nossa própria intuição, em nome de algum contrato racional, proposto pela sociedade e que se opõe à aquilo que sentimos.
Deixamos de nos importar com nossos medos por conta de justificativas do social que nos coloca inadequados frente à aqueles que parecem não se afetarem com aquilo que é objeto de nosso medo. Muitas vezes firmamos acordos coma civilização que na realidade estão distantes das capacidades emocionais humanas. Assim, amiúde, nos encontramos doentes e ignorantes da causa.
Dessa maneira, fica claro que os maiores medos são aqueles formados essencialmente dos momentos em que se esteve desamparado, desprotegido e sem qualquer recurso para lidar com isso. Quando o sujeito vê-se sozinho e vulnerável emocionalmente, acaba elegendo aspectos internos, como inimigos de si mesmo. Por conta de se encontrar sozinho e incapaz de acreditar em si próprio, tende-se então, a voltar-se contra si mesmo. Ora, não pode existir inimigo mais ameaçador do que aquele que habita nosso mundo interno. Visto que ele sabe bem de cada uma de nossas fraquezas. Não seria um desproposito afirmarmos que nem um inimigo pode nos fazer mais mal do que nós mesmos.
Assim, fragilizado e inseguro, buscará um culpado para a situação de desproteção e por não poder contar com ninguém mais, além de si próprio para se responsabilizar, então, condena a si mesmo.
A partir dessa reflexão, se evidencia o fato de que as falhas no cuidado e amparo, trazem inúmeras consequências. E por outro lado, a presença saudável de um ambiente acolhedor é justamente o que pode trazer certa tranquilidade interna para o restabelecimento do bom funcionamento mental.
Prof. Renato Dias Martino
Psicoterapeuta e Escritor
Fone: 17-991910375
prof.renatodiasmartino@gmail.com
http://pensar-seasi-mesmo.blogspot.com
4 comentários:
Naquele momento,naquele instante,totalmente só...Enxerga-se o "inferno"e contar consigo mesmo...
Otimo
Nossa é isso na infância estudando fora de casa com 6, 7,8 e así por ele estilo.
Nossa é isso na infância estudando fora de casa com 6, 7,8 e así por ele estilo.
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