segunda-feira, 4 de julho de 2011

O “ideal analista”

O “ideal analista”
Por Yasmini de Almeida Perissotti


A ideia que proponho nesse texto é a forma como penso que seria o “ideal analista”, utilizei a palavra ideal, com o intuito de reforçar minha opinião, e não idealizar formas e modos de vivência.

Não tenho experiência nessa tão sonhada profissão, mas em busca de conhecer-me , e através de meus humildes conhecimentos, venho pensando muito sobre essa questão de se tornar uma analista. Afinal, como ouvir se também necessitamos falar?


Penso que, antes de qualquer decisão, é preciso colocar em prática a frase de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo.” O conhecer que me refiro aqui, não é sede de conhecimento, e sim uma busca sem fim de sabedoria. O analista não precisa estar certo de que essa era a profissão correta, mas sim ter convicção de que é capaz de ouvir e falar sempre, verdade com amor. Cito aqui, duas frases do Psicoterapeuta e Professor da Unilago, Renato Dias Martino, que me levaram a tais reflexões: 

“As certezas são as maiores ilusões que o ser humano pode criar.”
“Verdade sem amor, resulta em crueldade.”


A certeza impõe limite, nos impede de crescer, e é de clara atenção que, crescimento é a base para um verdadeiro psicanalista. Como ajudar a conduzir o outro a olhar para si, se o psicanalista não buscar crescimento de si mesmo através de suas experiências? Está ai outra palavra fundamental na psicoterapia, experiência. As experiências que o analista viveu, será a base para a compreensão de quem o analista estará escutando. Escutar é sentir, sendo assim, fica mais simples compreendermos a dor do outro quando já sentimos a mesma. Não estou dizendo aqui, que o analista só será capaz de ouvir e compreender aqueles que já viveu a mesma experiência que ele, mas a ideia que proponho é que teoria mais experiência se aperfeiçoam , já dizia Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão, que: “Experiência sem teoria é cega, e teoria sem experiência é vazia.”
Para compreendermos o outro, antes de tudo precisamos confiar. É necessário criar um vínculo real e verdadeiro entre analista e paciente, só através desta condição que consigo ver uma base para a compreensão. Sigmund Freud (1856-1939), pai da psicanálise, citou em uma de suas obras: “A finalidade de uma análise é recuperar a capacidade de amar.”


E assim diz o Psicanalista Renato Dias Martino: “Mas o amor não é um sentimento, é uma capacidade.”
Concluo que, "é preciso ser capaz de amar para conduzir o outro ao caminho do amor."

Yasmini de Almeida Perissotti
é Estudante de Publicidade e Propaganda
http://pensaresaberviver.blogspot.com/

Um comentário:

Jacqueline Ferreira disse...

Gostei muito do texto!
Talvez porque fale o que eu queria também dizer.
Parabéns!